Como tirar partido da Meteorologia para uma Melhor Gestão Hoteleira?
Como tirar partido da Meteorologia para uma Melhor Gestão Hoteleira?
Na continuação dos posts anteriores sobre as diversas fontes de dados que estão à disposição dos hoteleiros para reunir informação importante na hora de tomada de decisão, venho agora falar-vos da meteorologia, algo que todos os hoteleiros sabem intrinsecamente que tem impacto na atividade, mas de que muito raramente tiram partido.
Apesar da meteorologia não ter o mesmo peso na procura que outros fatores já abordados – como a reputação social, o preço ou a localização – pode ainda assim, em algumas alturas do ano, desempenhar um papel importante. Inclusivamente, segundo um estudo científico levado a cabo em 2013 onde foram analisados mais de 20 anos de dados, os efeitos da meteorologia na performance da industria hoteleira tem impactos económicos tanto a curto prazo como a longo prazo. E este estudo demonstra ainda que esse impacto não se restringe a destinos onde o clima é considerado uma atração. De acordo com o mesmo, apesar de tanto as temperaturas mais amenas e quentes como a precipitação terem um impacto positivo ao longo tempo na generalidade dos destinos, a precipitação é mesmo, na maioria, o fator meteorológico com maior impacto económico negativo. A curto prazo, a precipitação pode mesmo ser um catalisador da procura, especialmente para clientes de uma localização geográfica próxima da unidade hoteleira, como é o caso de unidades hoteleiras em Portugal que têm tendência para nos meses de inverno e primavera – momentos onde há pouca ou nenhuma precipitação – ter uma maior procura por parte de clientes portugueses e espanhóis do que noutras ocasiões. Por outro lado, em alturas em que é previsto o aumento de precipitação também aumentam o número de cancelamentos ou diminui a duração de estadia. Se aliado a fins-de-semana, feriados ou as chamadas 'pontes' a influência deste fator pode até assumir proporções maiores.
De notar também que este impacto não se resume ao alojamento e número de reservas, bem pelo contrário. Por exemplo, se há previsão de muita precipitação, provavelmente os clientes poderão ficar mais no hotel e usufruir de um maior número de serviços, como o SPA, os restaurantes, bares, etc. pelo que o staffing desses departamentos pode e deve ter em conta tais situações.
A realidade é que são inúmeras as API (Application Programmable Interface) que permitem o acesso automatizado ou semi-automatizado a dados meteorológicos, nomeadamente à previsão de precipitação, queda de neve, temperatura, humidade, vento, entre outros. Muitas, como a WeatherUndergound, a AccuWeather ou a DarkSky, possuem mesmo níveis de acesso gratuito, pelo que não há razão para que os hoteleiros não utilizem de forma sistemática, a metereologia como uma variável importante nas suas decisões táticas.
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